Conciliar a maternidade com a carreira de tenista profissional não é das tarefas mais simples, mas algumas mulheres estão conseguindo o feito. Duas delas se classificaram neste sábado para as oitavas de final do WTA 1000 de Roma, na Itália, as mães Naomi Osaka e Elena Svitolina.
A japonesa venceu a tcheca Marie Bouzkova, que eliminou a brasileira Bia Haddad, por 2 sets a 1, com parciais de 4-6, 6-3 e 6-3. Osaka tem uma filha, Shaim, que nasceu em julho de 2023.
A ucraniana bateu a americana Hailey Baptiste também por 2 sets a 1, com parciais de 6-4, 3-6 e 6-4. Ela é mãe de Skai, fruto do relacionamento com o tenista francês Gael Monfils.
Ex-número 1 do mundo, Victoria Azarenka foi uma das mamães pioneiras. Ela teve o filho, Léo, em 2016, quando ocupava a quinta colocação no ranking. No WTA 1000 de Roma, ela foi eliminada na segunda rodada pela polonesa Magdalena Frech.
Outra mãe que disputou o WTA de Roma foi a suíça Belinda Bencic, que abandonou o jogo da primeira rodada contra Maria Sakkari após o primeiro set. Bencic, que eliminou a brasileira Bia Haddad no WTA 1000 de Madrid, teve a filha, Bella, no ano passado.
Outra ex-número 1 do mundo que interrompeu a carreira para ser mãe é a dinamarquesa Caroline Wozniacki, que anunciou que está grávida pela terceira vez, esperando um filho com o marido David Lee, ex-jogador de basquete. Ela já tem dois filhos: Olivia, que nasceu em junho de 2021, e James, que nasceu em outubro de 2022. Wozniacki. A dinamarquesa voltou às quadras no ano passado, entrou no Top-100, mas fará nova pausa.
Nem todas as tenistas, por uma série de fatores, conseguem ser mães. Danielle Collins, que venceu Iga Swiatek neste sábado em Roma, chegou a anunciar a aposentadoria no ano passado para se dedicar ao projeto de ser mãe, mas adiou o sonho devido a um problema de saúde.
“Além de lidar com alguns desafios de saúde persistentes nos últimos meses, recentemente tenho consultado vários especialistas para entender melhor qual é meu melhor caminho a seguir para realizar meu maior sonho, começar uma família. Lidar com endometriose e fertilidade é um desafio enorme para muitas mulheres e algo que estou ativamente atravessando, mas estou totalmente confiante na equipe com a qual estou trabalhando. Só vai levar mais tempo do que eu pensava”, escreveu a tenista.
Para tentar ajudar as tenistas, a WTA anunciou em março deste ano o PIF WTA Maternity Fund Program, programa em que as jogadoras da WTA receberão pela primeira vez licença-maternidade remunerada de até 12 meses e terão acesso a bolsas para tratamentos de fertilidade para construir famílias, bem como outros benefícios. Desde o lançamento, o PIF WTA Maternity Fund Program oferecerá benefícios a mais de 320 jogadoras elegíveis da WTA.
“Pode ser desafiador equilibrar as demandas físicas e emocionais de uma carreira profissional no tênis com as complexidades da maternidade e da vida familiar. Há algum tempo, temos explorado como podemos aumentar nosso suporte às jogadoras para ajudá-las a se tornarem pais no momento de sua escolha. Estamos muito satisfeitos que nossa parceria com a PIF nos permita realizar uma ambição fundamental de oferecer licença-maternidade e parental remunerada a mais de 320 jogadoras elegíveis da WTA. Esta iniciativa fornecerá à atual e à próxima geração de jogadoras o suporte e a flexibilidade para explorar a vida familiar, em qualquer forma que escolherem”, afirmou Portia Archer, CEO da WTA.