A jornada incrível de Lois Boisson em Roland Garros ganhou mais um capítulo especial nesta quarta-feira. A convidada francesa, de 22 anos e número 361 do ranking, derrotou a cabeça de chave número 6, Mirra Andreeva
por 2 sets a 0, com parciais de 7-6 (7-6) e 6-3, em duas horas e oito minutos, e avançou às semifinais do torneio.
Lois Boisson é a primeira francesa a chegar às semifinais em Roland Garros desde Marion Bartoli em 2011, e a primeira wild card a fazê-lo na Era Aberta. Ela também acumula outros feitos: é a mais jovem semifinalista francesa em um Grand Slam desde a ex-número 1 do mundo, Amélie Mauresmo — agora diretora do torneio de Roland Garros — em Wimbledon, em 1999. É a segunda jogadora nos últimos 40 anos a derrotar várias adversárias do Top 10 na primeira chave principal de Grand Slam, depois de Monica Seles, em Paris, em 1989.
Boisson é também a terceira jogadora a chegar às semifinais na estreia na chave principal de Grand Slam desde 1980, depois de Seles e Jennifer Capriati, que também fizeram isso em Roland Garros em 1989 e 1990, respectivamente.
Com a campanha em Roland Garros, ela deve subir ao menos 300 posiçõesno Ranking e superar a melhor posição da carreira, que foi o 152º lugar no ano passado, antes de uma ruptura do ligamento cruzado anterior uma semana antes da esperada estreia no Aberto da França.
“Eu realmente não penso no que vem a seguir, sabe, no ranking, em Wimbledon e tudo mais. Eu apenas tento manter o foco neste torneio agora. Eu realmente gosto de tudo o que deixo aqui dentro e fora da quadra. Então, verei isso depois. Por enquanto, só preciso me preparar para a partida de amanhã. Acho que toda criança que joga tênis tem o sonho de ganhar um Grand Slam. Mais ainda para uma jogadora francesa vencer Roland Garros, com certeza. Então, sim, é um sonho. Com certeza vou atrás do sonho, porque meu sonho é vencer, não estar na semifinal. Então, vou tentar o meu melhor para isso”, afirmou Boisson.
Uma jogadora não cabeça de chave chegou à final de Roland Garros duas vezes nos últimos quatro anos: a eventual campeã Barbora Krejcikova, em 2021, e Karolina Muchova, em 2023.