
Luiza Fullana está em alta na reta final da temporada. A tenista brasiliense, de apenas 24 anos, venceu os três últimos torneios que disputou, o Criciúma Open, São Paulo Tennis Classic e o ITF W15 de Ribeirão Preto, e deve voltar ao Top-500 do ranking da WTA na próxima segunda-feira.
A grande fase, com 15 vitórias seguidas, premia uma decisão ousada da tenista. No começo do ano, ela decidiu voltar ao Brasil depois de um curto período treinando na Gomez Academy, em Barcelona, na Espanha.
“A minha ideia não era voltar para o Brasil no começo, mas eu voltei porque não estava me sentindo bem, precisava estar com minha família, meus amigos, com meu treinador daqui. Era uma sensação que estava buscando desde o começo do ano ano e não estava conseguindo ter. Então, eu acabei optando por realmente fazer o meu projeto aqui no Brasil mesmo com esse apoio familiar, com esse apoio do meu treinador daqui e tenho me sentido muito bem e os resultados estão aparecendo”, afirmou a tenista.
Após conquistar o primeiro título profissional no ITF W35 de São Paulo em setembro do ano passado, Luiza Fullana recebeu o convite para treinar na Gomez Academy, na Espanha. Nos primeiros meses do ano, ela disputou torneios no Egito, Espanha, Romênia e Santo Domingo, mas não conseguiu grandes resultados.
Ao DIÁRIO DO TÊNIS, Luiza Fullana explicou que uma diferença de ideias entre ela e os treinadores na Espanha afetaram o rendimento no começo da temporada.
“Minhas ideias não estavam alinhadas com a academia em que eu estava. Eles queriam implementar um certo tipo de jogo que não é o meu estilo e acho que me perdi nessa transição. Eu senti que estava perdendo meu estilo de jogo agressivo, sabe? Querendo tirar tempo sacando, primeiro saque, enfim, não coincidiram muito as minhas ideias com as ideias deles e no final das contas isso é muito importante para um jogador. A gente ter claro nosso estilo de jogo e querer melhorar, implementar coisas baseadas no nosso estilo de jogo e não mudar o estilo de jogo em si”, analisou.
Na série de 15 vitórias seguidas, Luiza Fullana perdeu apenas quatro sets e venceu tenistas de destaque, como a jovem brasileira Nauhany Silva, Thaisa Pedretti, a argentina Carla Markus e a suíça Marie Mettraux. Segundo ela, a explicação para a grande fase é simples.
“A explicação é mesmo trabalho duro. Por mais que as coisas no começo do ano não estavam saindo do jeito que eu queria, eu ainda estava colocando muito trabalho, me dedicando bastante. Não só na parte da quadra, mas na parte física, parte mental e acho que finalmente as coisas têm começado a fluir melhor e agora estou empolgada para o ano que vem. Eu acho que é uma prova que trabalho duro realmente tem suas recompensas. Emtão usar esses momentos bons para que a gente lembre que até nos momentos ruins o segredo é realmente continuar trabalhando e se dedicando”, afirmou Fullana, que ainda estipula as metas para 2026.
“Ainda não sentei com a minha equipe para a gente traçar metas, mas os planos geralmente são tentar jogar os torneios maiores e subir de nível”, completa.
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