Bia Haddad ainda pode ter uma longa carreira pela frente, mas a brasileira já deixou um grande legado para o tênis feminino do país. Inspiradas pela segundo melhor tenista nacional de todos os tempos, atrás apenas de Maria Esther Bueno, uma nova geração de jogadores começa a mostrar que o futuro é muito promissor.
Nesta semana, Nauhany Silva provavelmente vai estrear na Billie Jean King Cup defendendo o Brasil nos confrontos contra a Austrália. Aos 15 anos, a tenista tem repetido feitos antes só conquistado pela própria Bia Haddad. As duas conquistaram o primeiro título profissional com 15 anos, com diferença de meses entre elas.
Além de Naná, Victoria Barros, também de 15 anos, é a 16ª colocada no ranking juvenil, que tem tenistas até os 18 anos. A potiguar já treina na prestigiosa academia de Patrick Mouratoglou, na França, e tem algumas vitórias como profissional, duas delas nesta semana em Antalya, na Turquia.
Nauhany e Victoria são dois expoentes da geração, mas outras meninas começam a se destacar. Nesta semana, Clara Coura conquistou o primeiro ponto no ranking no Criciúma com apenas 14 anos e 20 dias, quase a mesma idade com que Bia Haddad obteve a primeira vitória profissional (14 anos e um dia).
Maria Eduarda Carbone, de 15 anos, já está nas quartas do Criciúma Open. Lara Hass, de 14, furou o quali do mesmo torneio, tornado-se a primeira tenista sul-americana nascida em 2011 a conseguir o feito. Além delas, a geração conta ainda com Nathalia Tourinho, de 14 anos, e Eduarda Gomes, de apenas 13, que chamam a atenção.
Além da inspiração, a importância de Bia Haddad (e também de Luisa Stefani e Laura Pigossi) pode ser vista no mercado. O Brasil sediou, depois de muito tempo, um WTA 250, o SP Open, além de dois WTAs 125, do Rio de Janeiro e de Florianópolis. Os torneios ITF começam a aumentar, o que vai facilitar demais a transição dessas meninas para o profisisonal (pelos convites e custo menor para disputar as competições);
As marcas também estão mais de olho no tênis feminino e as jovens tenistas começam a ter o apoio que precisam para se dedicar apenas ao esporte.
Com o sucesso de Bia Haddad e o destaque dessa nova geração, o futuro do tênis feminino do Brasil é bastante promissor.