
Ex-número 1 do mundo juvenil e atual número 54 no ranking de duplas da ATP, Orlando Luz fez uma revelação importante nesta quarta-feira. O jogador, que chamou a atenção em Roland Garros ao chegar às quartas de final nas duplas jogando de óculos, revelou ter uma condição rara chamada Ceratocone, que afeta a visão, e afirmou que quase precisou de uma operação de transplante de córnea.
“Logo depois da primeira rodada de Roland Garros, perdi minhas lentes esclerais, que uso tanto pra jogar quanto no dia a dia, inclusive o par reserva. Nos jogos seguintes, precisei entrar em quadra de óculos comuns. O que pouca gente sabe é que eu convivo com ceratocone, uma condição rara que distorce a visão e exige cuidado constante. Descobri a condição tarde, num momento quase irreversível. Estive muito perto de precisar de um transplante de córnea. O ceratocone pode levar à cegueira se não for tratado a tempo, e a cirurgia é essencial pra tentar estabilizar o grau. Hoje aprendi a conviver e lidar melhor com esse problema, e podemos ter uma vida normal com o cuidado necessário. Minhas novas lentes já estão a caminho, logo poderei voltar a usar elas e continuar desempenhando da melhor forma”, escreveu o tenista.
Ainda sem os óculos especiais, Orlando Luz estreou com vitória no Challenger 100 de Lyon, na França. Ele e Marcelo Zormann venceram a dupla formada pelo belga Michael Geerts e o dinamarquês Johannes Ingildsen por 2 sets a 0, com parciais de 6-3 e 6-4.
Nas quartas de final, os brasileiros vão enfrentar a dupla formada pelo francês Luca Sanchez e o japonês Seita Watanabe. Orlando Luz vai jogar com um laço violeta na camisa como forma de conscientização sobre a Ceratocone.
“Coincidentemente (ou não), junho é o mês de conscientização sobre essa doença, e foi por isso que decidi usar esse laço violeta no braço como um gesto simples, mas que representa o que eu vivo dentro e fora das quadras”, escreveu Orlando Luz.
Leia também: