
O argentino Sebastian Baez marcou seu nome na história do Rio Open ao se tornar neste domingo o primeiro bicampeão em simples no maior torneio da América do Sul, superando na decisão o francês Alexandre Muller na Quadra Guga Kuerten lotada.
Cabeça de chave número 5 do ATP 500 carioca, Baez teve atuação impecável na final contra Muller e garantiu pelo segundo ano seguido o troféu desenvolvido por Antonio Bernardo ao fechar o jogo por 2 sets a 0, com parciais de 6/2 e 6/3, em 1h26.
O tenista de 24 anos chegou ao sexto título da carreira. Além dos dois troféus do Rio Open, os maiores da carreira, Baez também conquistou os ATPs de Cordoba, Kitzbuhel e Winston-Salem em 2023, além de Santiago em 2024.
Após a vitória sobre Muller, Baez pediu aplausos para seu técnico Sebastian Gutierrez, o Guti, que prometeu tatuar o Cristo antes do bicampeonato. Ainda na quadra, ele declarou seu amor ao Rio de Janeiro.
Na entrevista coletiva, o tenista revelou que tinha dúvidas sobre jogar no Rio de Janeiro devido ao momento que vinha passando de resultados abaixo do esperado. O treinador foi quem o convenceu e o ajudou a tomar a decisão que culminou no segundo título de ATP 500 da carreira.
“A sensação é muito boa. Muito feliz, orgulhoso também de como foi a semana, como eu me saí também no jogo de hoje, sempre jogar uma final é muito lindo, mas às vezes é diferente, então estou muito feliz”, disse Baez.
“Eu não estava seguro de vir aqui ao Rio pela forma como vinham os resultados e por como eu vinha me sentindo. Joguei com Thiago Wild (em Buenos Aires) na quarta-feira e no dia seguinte tinha que decidir o que faríamos. Guti me disse ‘tem que colocar no peito, bancar a decisão e seguir buscando. Tem que encarar a situação com valentia e trabalho’. Essa foi a decisão que tomamos e acho que foi uma decisão muito boa como sempre de Guti”, completou.
Em quadra, antes da premiação, técnico ressaltou o espírito de luta do primeiro bicampeão do Rio Open, além de reafirmar o compromisso de tatuar o Cristo devido ao título do pupilo.
“Seba é gigante! Ele não é tão alto, mas a capacidade de luta e o nível de jogador que tem são impressionantes e hoje se pôde ver. Estou muito feliz por ele. Prometi que se chegasse na semi, eu iria tatuar, agora a tatuagem vai ser um pouco maior”, disse Guti.
Baez recebeu o troféu de campeão das mãos de um ídolo do tênis argentino e referência mundial do esporte, o ex-número 3 do mundo Juan Martin Del Potro.
“Foi obviamente especial, mais do que nada, pela relação que tem o Juan Martin com Guti, que obviamente recai um pouco em mim também por poder dividir os treinamentos, os momentos e as conversas. Sem dúvida alguma foi um momento especial e fechar a semana desta maneira é uma boa foto para marcar”, afirmou o campeão.
Vice-campeão no Rio Open depois de vitórias expressivas sobre João Fonseca e Francisco Cerundolo, antes de passar por Francisco Comesaña na semifinal, Alexandre Muller deixa o maior torneio da América do Sul com o melhor ranking da carreira, entrando pela primeira vez no top 50.
Depois de ser superado na final, ele ressaltou o nível de tênis jogado por Baez e lamentou não ter conseguido jogar melhor fisicamente, embora tenha dado o melhor em quadra na partida contra o argentino.
“Foi uma grande semana, mas hoje não foi o suficiente para vencer Sebastian. Ele estava jogando muito bem, com alta intensidade, fisicamente eu não estava o meu melhor. Eu dei o melhor de mim hoje e parabenizo ele. Fiz o meu melhor, mas não foi o suficiente”, disse Muller.
“Ele estava superior a mim fisicamente, foi difícil para mim, tive uma batalha ontem contra o Comesaña. Hoje eu tive um pouco de dificuldade, tentei ser agressivo, mas toda hora ele jogava muito fundo e defendia muito bem, foi duro para mim tentar movimentá-lo, acho que ele jogou muito bem hoje”, completou.
Cerimônia de encerramento teve revelação brasileira do tênis feminino
Antes da partida entre Baez e Muller, a Quadra Guga Kuerten recebeu a cerimônia oficial de encerramento do maior torneio da América do Sul, que teve a presença da atriz e cantora Julia Mestre na execução do Hino Nacional. Além dela, a jovem revelação do tênis feminino brasileiro Victoria Barros foi a responsável pelo sorteio da moeda para a decisão do saque inicial.
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