
Com apenas 27 anos, Luma Ramos é hoje a mais jovem diretora de torneio do circuito profissional da WTA (Associação das Tenistas Profissionais). À frente do WTA 125 de Florianópolis, o ENGIE Open presented by MundoTênis Tours, ela representa uma nova geração de profissionais brasileiros que estão transformando os bastidores do tênis no país.
Graduada em Negócios Internacionais nos Estados Unidos, Luma começou sua trajetória profissional ainda fora do Brasil, adquirindo experiência em gestão esportiva antes de assumir posições de liderança em grandes eventos.
“Depois de me formar nos Estados Unidos, eu fui trabalhar no Miami Open, onde fiquei alguns anos. Quando surgiu a oportunidade de trazer de volta um torneio WTA para o Brasil, depois de sete anos, decidi voltar justamente para ajudar a realizar esse evento e estar mais próxima das jogadoras brasileiras. É por elas que a gente faz o torneio”, conta Luma.
Desde então, ela tem desempenhado papel fundamental na retomada do calendário WTA no Brasil, participando da organização de torneios como o Rio Ladies Open e o próprio ENGIE Open, que marcam o retorno e fortalecimento do tênis feminino no país.
Segundo Luma, o principal objetivo do torneio é ampliar as oportunidades para as atletas nacionais. “Para a gente, é muito sobre dar oportunidade às jogadoras brasileiras. No torneio do Rio, conseguimos colocar nove brasileiras na lista principal, algo inédito em um WTA. E aqui em Florianópolis superamos essa marca, com 11 brasileiras. Esse equilíbrio entre ajudar as jogadoras locais e receber atletas de quase 20 países é um dos maiores desafios, além, claro, de toda a produção do evento”, explica.
A diretora destaca que a organização de um torneio do porte da WTA exige um alto nível de exigência técnica e operacional. “Fazer um WTA no Brasil não é simples. São muitos requisitos, o manual da WTA tem mais de 500 páginas, e cada detalhe precisa ser seguido à risca. É um trabalho intenso, mas que a gente faz com muito carinho, porque sabemos o impacto que esses torneios têm para o tênis brasileiro”, afirma.
O ENGIE Open, que integra o circuito mundial da WTA, consolida-se como uma das principais plataformas de desenvolvimento para as tenistas do país.
“Esses torneios são fundamentais para as brasileiras. Às vezes, o público não entende a diferença entre um W15 ou W30 e um WTA 125, mas o impacto no ranking é completamente diferente. É isso que permite que jogadoras como a Carol (Meligeni), a Ana (Candiotto), a Naná e tantas outras consigam se posicionar melhor no cenário internacional, jogando em casa, com torcida, gastando em real e ganhando em dólar”, ressalta.
Com olhar voltado para o futuro, Luma já projeta novos passos. “A ideia é continuar crescendo. Esse circuito WTA no Brasil começou há três anos com a gente, e queremos seguir ampliando. Pensamos em adicionar uma terceira data no ano que vem e, futuramente, evoluir para torneios de categorias WTA 250 ou até 500”, revela.
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