Com apenas 15 anos, a jovem Ana Laura Cruz superou a brasileira Vivian Mayumi Toma por 2 sets a 0, com um duplo 6-1 na segunda rodada do quali, e garantiu vaga na chave principal do ITF W15 de Joinville, disputado no Joinville Tênis Clube. O torneio distribui US$ 15 mil em prêmios e oferece 15 pontos no ranking mundial para a campeã.
Essa é a primeira vez que Ana Laura vence duas partidas em um evento profissional e avança para a chave. Anteriormente, ela havia disputado a chave principal de um W35 como convidada, mas perdeu na primeira rodada. Assim, como muitas tenistas que participam do qualificatório em Joinville, Ana busca ganhar experiência no circuito profissional e, quem sabe, iniciar sua trajetória rumo ao primeiro ponto no ranking mundial.
Para entrar no ranking feminino, uma tenista precisa pontuar em pelo menos três torneios ou somar 10 pontos em competições dentro de um período de 52 semanas. Em Joinville, Ana precisaria chegar à final para alcançar 10 pontos. No entanto, uma vitória na chave principal já seria um marco importante na carreira.
“Foi um bom jogo. Consegui manter minha postura, atacando e seguindo o plano traçado, mesmo quando cometi alguns erros bobos. Estou muito nervosa por ter conquistado essa vaga por mérito próprio, é uma experiência única. Sei que os jogos da chave serão duros, mas estou confiante e espero jogar bem”, disse Ana, que perdeu apenas quatro games em dois jogos.
Ana está acompanhada por sua técnica, Maisa Feital, e se sente tranquila, apesar de sua pouca idade e da novidade de estar em um torneio desse nível.
“Não sinto pressão, só felicidade por estar aqui. O tênis me ajudou a equilibrar meu temperamento, que fora de quadra é bem agitado. A Maisa é incrível, sempre me dá confiança e me estimula a melhorar”, revelou.
Natural de Santa Maria, Ana se mudou para Belo Horizonte a convite da Fly Sports após um período de treinos na Bahia. Antes disso, conciliava o balé com o futebol, seu esporte favorito na infância, até optar pelo tênis. Atualmente, ela mescla competições juvenis internacionais com eventos profissionais para construir uma carreira sólida.
“Buscamos equilíbrio: alguns torneios pelo resultado e outros para entender o nível dela em relação às adversárias. Aqui, queremos resultados, mas também estamos avaliando em que aspectos precisamos evoluir no dia a dia. Ela tem uma base técnica muito sólida, mas precisa seguir evoluindo para desenvolver confiança em todas as bolas e situações de jogo”, destacou Maisa Feital.
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