Adversário de João Fonseca revela drama com remédios e depressão: “Não via sentido na vida”

Adversário de João Fonseca, Andrey Rublev revela drama com remédios e depressão: "Não via sentido na vida"
Andrey Rublev enfrenta João Fonseca na manhã desta terça-feira (Crédito: Divulgação)

Adversário de João Fonseca na primeira rodada do Australian Open, Andrey Rublev fez fortes revelações sobre a sua saúde mental. Em entrevista ao The Guardian, o revelou ter enfrentado um quadro de depressão no ano passado e ter feito o uso de muitos remédios na tentativa de melhorar o

Aos 27 anos, o atual número 9 do mundo afirma ter começado a superar a depressão após conversas com Marat Safin, rival histórico do brasileiro Gustavo Kuerten, e ter iniciado a terapía.

“Estou definitivamente me sentindo muito melhor. Ainda não estou em um lugar onde gostaria de estar, mas, finalmente, tenho uma base. Tenho algo em que pisar porque, meio ano atrás, cheguei ao pior momento da minha vida em termos de como me sinto sobre mim mesmo.”, afirmou Rublev ao The Guardian.

O mergulho no pior momento da vida começou para Rublev após a derrota para o argentino Francisco Comesana, então número 122 do mundo, na primeira rodada do torneio de Wimbledon no ano passado.

Veja também: Confira o horário do jogo entre João Fonseca e Andrey Rublev

“Foi o pior momento que enfrentei sobre mim mesmo. Não foi sobre tênis. Foi comigo mesmo, tipo, depois daquele momento eu não vejo razão para viver a vida. Tipo, para quê? Isso parece um pouco dramático, mas os pensamentos dentro da minha cabeça estavam me matando, criando muita ansiedade, e eu não conseguia mais lidar com isso. Comecei a ter um pouco de bipolaridade. Não sei se você pode dizer assim. Mas quem fez isso começar fui eu. Agora me sinto melhor. Posso ver as coisas que estavam acontecendo.”, continuou.

De acordo com o tenista, os comprimidos antidepressivos não estavam ajudando na recuperação. Ele, então, decidiu parar com a medicação e encontrou apoio nas conversa com Marat Safin.

“Ele me fez perceber muitas coisas e então comecei a trabalhar com um psicólogo. Aprendo muito sobre mim mesmo e, embora não me sinta feliz ou no lugar feliz que gostaria de estar, não sinto mais aquela ansiedade e estresse loucos de não entender o que fazer com minha vida.”

Em nova fase, Rublev acredita que o comportamento explosivo em quadra (ele chegou a bater a raquete contra o corpo algumas fases) não irá acontecer mais.

“No começo, é claro, eu estava me sentindo mal, envergonhado, porque eu não sou esse tipo de pessoa. Não é legal de ver. Agora, entendendo mais sobre mim mesmo, estou mais relaxado sobre isso. Estou em um lugar muito melhor. Quando vejo esses vídeos, é como se eu estivesse em uma vida anterior. Não sou mais eu.”

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